domingo, 31 de agosto de 2014

Venda de automóveis em Niterói cresceu 30% no primeiro semestre




Cresce venda de carros usados em Niterói

Íris Marini

Em Niterói, comercialização de seminovos subiu cerca de 30% no primeiro semestre. Alta do IPI também reduziu a compra de veículos novos

As vendas de carros usados em Niterói cresceram 30% no último semestre, segundo empresários da região. Enquanto a comercialização de carros novos perde, no momento, espaço no mercado, por conta do aumento do IPI, a venda dos usados na cidade alavanca o comércio automobilístico, acompanhando o fenômeno que acontece em todo o Brasil, segundo dados da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto). O crescimento na venda de seminovos foi muito positivo para o mercado, como apontou o gerente da concessionária Tuninho Automóveis, Adriano Gomes. A alta ainda foi confirmada por Thales de Carvalho, um dos responsáveis pela Jussara Automóveis.

“O carro zero não é mais um bom negócio, porque, imediatamente depois da compra, ele perde no mínimo 20% do valor ao qual o adquiriu. No seminovo esta perda é menor, pois o cliente vai levar um carro em bom estado, com um ano de uso, por exemplo, e vai pagar R$ 80, R$ 85 mil, por um que valia R$ 100 mil, quando era zero quilômetro. Além disso, ele ainda vai estar na garantia. É uma economia. Sentimos uma forte alta nos últimos meses”, afirma Thales.

O gerente da Tuninho Automóveis Adriano Gomes disse que neste primeiro semestre a venda de carros usados aumentou de 20% a 30%, enquanto a de novos reduziu na loja. Para ele, o financiamento não influi na diferença de lucro entre os dois tipos. “Basta dar 30% de entrada nos dois casos, que se consegue comprar”, explicou Adriano.

Thales, no entanto, considera que o financiamento entre novos e usados influi na escolha do cliente entre os dois pelo simples fato de que nos novos a entrada precisa ser de valor muito aquém das condições da maioria dos clientes, enquanto a entrada para o seminovo tem valor alcançável pelos clientes. Ele também recomenda cautela na hora de escolher o local onde quer comprar.

“Na compra do carro seminovo é muito importante que se procure uma agência com credibilidade. Há lugares sem confiança, que vendem carros batidos e anunciam com preço baixo. Aí leva gato por lebre. Já em uma loja não há como fazer isso, porque o Procon está aí para não deixar que cometamos estas irregularidades”, garante o lojista.

Os dez mais – No ranking dos dez usados mais vendidos no País, o Gol segue líder com 100,8 mil unidades, seguido por Uno (62,1 mil) e Palio (54,9 mil). Completam as lista, Celta, Corsa, Strada, Fiesta, Fox, Siena e Classic.

O corretor de imóveis Marco de Oliveira está em busca de um carro usado, em vez de um novo, pois vê vantagem na aquisição de um veículo em bom estado.

“Não tenho preferência por um modelo específico. Na verdade, quero um carro com no máximo três anos de uso, que esteja com ótima oferta e em boas condições de uso. Já fui a várias lojas e achei o preço da Tuninho Automóveis entre os mais competitivos e vantajosos da cidade. Mas pretendo pesquisar bastante, pois meu orçamento máximo é de R$ 30 mil”, conta ele.

Outro diferencial para Thales, é que os usados, em sua loja, têm boas opções de parcelamento.

“Se der entrada de 40%, a primeira parcela vence daqui há seis meses”, garante.

Alta – Somente em julho, as vendas de carros e comerciais leves usados cresceram 22,8% em todo o País, se comparado com 2013, de acordo com a Fenauto. No mês passado houve um aumento de 7,8% em comparação com junho: foram vendidas 906,1 mil unidades, contra 840,3 mil no mês anterior.

De acordo com o presidente da Fenauto, Ilídio dos Santos, o retorno de índices positivos de crescimento era esperado depois de um período onde aconteceu uma queda nas vendas por causa da Copa do Mundo e o período de férias escolares.

“Embora ainda estejamos enfrentando dificuldades na aprovação de crédito, os financiamentos estão acontecendo em um ritmo mais constante e progressivo, o que nos oferece uma boa perspectiva de crescimento neste ano”, afirmou.

Fonte: O Fluminense




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